ARTIGO - TEMPO DE NATAL

ARTIGO

TEMPO DE NATAL - CELEBRAR AS PROFECIAS

Pe. Antônio Sagrado Bogaz – Prof. João Henrique Hansen
Produtores do filme: Zilda Arns, a via sacra da solidaridade.
TEMPO DE NATAL - CELEBRAR AS PROFECIAS
A celebração do Natal faz parte do Ciclo Natalino, que integra três momentos complementares. A grande Festa é a chegada do Senhor no mundo, quando vem nos encontrar para nos libertar. Este grande mistério é consagrado pela Igreja e pela sociedade, garantindo momentos grandiosos de nossa espiritualidade. Para que o nascimento do Menino Deus tenha grande solenidade, a liturgia prepara sua chegada com muito ardor e criatividade. Este período denominado Advento nos faz perceber que todo grande acontecimento é mais brilhante, quanto melhor preparado. Assim que celebramos com tanta mística a “chegada do menino” na gruta de Belém, contemplada em três missas solenes, passamos a viver a alegria de se ter um “filho no lar do mundo”. O tempo natalino, com suas festas, como a chegada dos Reis Magos, a Festa da Mãe Maria e as visitas ao Templo coroam o mistério do Nascimento do Salvador. Todos os personagens que participam deste grande mistério são consagrados como “profetas do Natal”, pois participam com devoção e coragem na concretização dos acontecimentos. São também conhecidos como “profetas do messianismo de Jesus”, que na celebração deste tempo litúrgico protagonizam os eventos que preparam a chegada do Menino Deus. São vários profetas e a mais importante é Maria, que não será apresentada especificamente, pois se encontra em todas as profecias.
MESSIANISMO DO FILHO DE DEUS
Jesus é o Messias mais aclamado na história da humanidade. Temos vários movimetnos messiânicos no quadro das religiões universais e todos eles apresentam o “retorno de um grande herói que pode restaurar a humanidade”. Muitos líderes religiosos foram tomados como messias, que poderiam resgatar determinados povos e dar-lhes uma vitória sobre os inimigos. Também a expectativa que pesou sobre Jesus se referia à vitória do povo hebreu sobre os romanos que os dominavam na Palestina daqueles tempos. O Messianismo de Jesus é bem mais elevado e universal. Mais que o retorno de um a enviado divino libertador, o messianismo de Jesus se refere diretamente sobre sua própria divindade. Mesmo tendo sido enviado ao mundo por Deus Pai, Ele não é seu servo, mas o próprio filho de Deus. Portanto, ganha força a resposta de Pedro: “Tu és o Messias, o Filho de Deus Vivo” (Mt 16, 16). A esperança do messianismo de Jesus é que o Messias (mashiah, no hebraico e christós, no grego) é a libertação da humanidade, num sentido místico, que envolve a história como Reino de Deus e não apenas a vitória circunstancial do povo dominado pelos romanos. De fato, o Natal de Jesus, quer dizer, a encarnação do Logos divino ultrapassa a concepção de “libertador de grupos desesperados na espera de super-homens, que lhes possibilita virar o jogo das guerras e do domínio opressor, mas é um “messias chamado para tarefas sagradas” que promove a libertação e não simplesmente a troca de opressores. Numa passagem literária de Nikos Kazantzakis, quanto o zelota Judas propõe a Jesus a formação de um exército para vencer os romanos, a resposta é impressionante, objetiva e sábia. “Nem pensar, respondeu o Nazareno, nem pensar. Temos duas possibilidades. A primeira e mais evidente é que sejamos derrotados, pois contamos com alguns pobres homens, com pedras e paus e os romanos contam com centúrias e centúrias armados de espadas e lanças. A segunda, ainda que imaginária, é que vençamos. Mas se vencermos, nos tornamos os dominadores e a opressão simplesmente mudou de lado. De que serve? Ah, Judas, tu queres a guerra e o poder e minha missão é a paz e a fraternidade”. O Messianismo de Jesus é sua profecia, capaz de converter os corações, de renovar o mundo em suas estruturas e não apenas em seus protagonistas. Não existe conversão sem renovarmos o coração dos homens pecadores. E somos todos pecadores. A profecia de Jesus é à força da mensagem do tempo de Natal. Mais que um líder religioso, político ou social com poderes mágicos e devastadores, a profecia de Jesus é o dom da graça, com o propósito de converter nossos corações.
A PROFECIA DE JOSÉ NA LITURGIA DO NATAL
José é um personagem muito singelo nas passagens da vida do Filho de Deus no mundo. É sempre descrito como um bom homem, com virtudes especiais, como a simplicidade, fidelidade e confiança em Deus. Ele é apreciado como homem santo e defensor da Sagrada Família. Embora em narrativas sucintas, aparece como personagem importante e que faz a diferença no plano de Deus. É o homem justo (Mt 1, 19). O Evangelista que mais aponta para a importância de José é Mateus, pois escreve seu Evangelho para a comunidade dos judeus convertidos ao cristianismo e mostra a corrente da descendência de José no cumprimento da profecia messiânica de Jesus. Para fortalecer a fé do povo num momento difícil de perseguição (ano 85 era cristã), Mateus narra a história de Jesus para que os cristãos provenientes do judaismo não abandonem o seguimento de Jesus. Mais ainda, eles precisam estar firmes pois estão vivendo tempos de perseguição e martírio. Para ser cristão é preciso ter coragem, acolher Jesus como salvador e praticar seus ensinamentos presentes no Sermão da Montanha. O verdadeiro cristão supera a formalidade das leis e das práticas exteriores, própria do exibicionismo dos fariseus, e busca a essência da fé cristã: amor a Deus e ao próximo. A participação de José no plano divino da Encarnação do Verbo (Natal) está na sua acolhida a Maria, como esposa, dentro de um plano de salvação e a aceitação da sua paternidade, cumprindo o desejo de Deus manifestado pelo Anjo. A manifestação foi marcante para José: "Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados” (Mt 1, 20-21).
A CORAGEM DE JOSÉ
José tem a coragem de assumir o Filho de Deus, nascido de Maria, sua esposa prometida, com a qual ainda não fora coabitar. José com humildade e grande nobreza aceita o desafio de enfrentar a sociedade e vencer os preconceitos. Na verdade, José defendeu Maria de um grande e injusto feminicidio. Se Maria tivesse sido delatada publicamente, seguindo a lei mosaica, poderia ser entrega às autoridades e colocada em praça pública e ser apedrejada. Todo homem traído tinha o direito e o dever de entregar sua mulher infiel aos algozes no prazo de noventa dias e assim lavar sua honra. José participa deste projeto de Deus e acolhe Maria como sua esposa. As leituras mostram ainda um gesto importante da ação de José no projeto de Deus. Ele deixa a estabilidade de seu trabalho e de sua cidade e vai para um lugar distante, para o Egito. Seguiu o alerta do mesmo Anjo que o anunciou sua paternidade. “Um anjo do Senhor apareceu em so­nhos a José e disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”. José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito." (Mt 2, 13-14) Parece simples, mas não é tão fácil deixar a própria profissão, o universo familiar e a estabilidade do lar para se aventurar em outro país. Ele deixa tudo corajosamente e segue a estrada do desconhecido. Para proteger o Filho de Deus e participar da redenção do mundo, José segue uma nova estrada, como pais que deixam suas terras e vão para longe, para buscar melhores condições de vida. José é um refugiado, pois foge dos poderes romanos para socorrer sua família. É um imigrante buscando por novos meios de sobrevivência. José, figura profética do Natal, é o protótipo dos irmãos foragidos e imigrantes. Quando acolheu o desejo de Deus revelado em seu sonho, seguiu a ordem divina e realizou a Palavra. É a prefiguração dos bons e dos justos, que ouvem Deus e seguem seus caminhos. É o homem do silêncio, da acolhida do chamado divino. Ele é chamado como Filho de Davi (Mt 1, 20) e o modelo dos seguidores corajosos de Jesus que vieram depois, como os apóstolos. José é apresentado em nossas liturgias como o “santo que faz a vontade de Deus”. Ele compreendeu o mistério de Deus em sua vida e a entregou a Ele. Seu exemplo toca o coração dos fieis e é modelo para a Igreja, pois não basta ouvir, é preciso seguir e entregar a vida para cumprir a vontade de Deus. O Evangelista que mais aponta para a importância de José é Mateus, pois escreve seu Evangelho para a comunidade dos judeus convertidos ao cristianismo e mostra a corrente da descendência de José no cumprimento da profecia messiânica de Jesus. Para fortalecer a fé do povo num momento difícil de perseguição (ano 85 era cristã), Mateus narra a história de Jesus para que os cristãos provenientes do judaismo não abandonem o seguimento de Jesus. Mais ainda, eles precisam estar firmes pois estão vivendo tempos de perseguição e martírio. Para ser cristão é preciso ter coragem, acolher Jesus como salvador e praticar seus ensinamentos presentes no Sermão da Montanha. O verdadeiro cristão supera a formalidade das leis e das práticas exteriores, própria do exibicionismo dos fariseus, e busca a essência da fé cristã: amor a Deus e ao próximo. A participação de José no plano divino da Encarnação do Verbo (Natal) está na sua acolhida a Maria, como esposa, dentro de um plano de salvação e a aceitação da sua paternidade, cumprindo o desejo de Deus manifestado pelo Anjo. A manifestação foi marcante para José: "Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados” (Mt 1, 20-21).
SIMEÃO E ANA, O MESSIANISMO COMPROVADO
Desde os tempos mais antigos, a tradição da apresentação do primogênito da família no templo é muito respeitada. Todas as famílias faziam com grande devoção e senso de gratidão profundo. Existia uma lei importante para a tradição judaica, a qual exigia a circuncisão do menino, particularmente o mais velho, como sinal de consagração a Deus. Era uma lei dada por Deus, através de Moisés aos filhos de Israel, como confirmação da Aliança. Deveria ser feito com atenção e precisão pelos pais, como está escrito. “Quando uma mulher der à luz um menino, será impura durante sete dias, como nos dias de sua mens­truação. No oitavo dia, o menino será circuncidado”(Lev 12, 2-3). No oitavo dia, diante do sacerdote, quanto possível no templo, era dado o nome ao filho. Eles vão cumprir como o Anjo Gabriel orientou José. (Mt 1, 21). Depois, ao completar 40 dias do nascimento, a família deveria ir até o templo de Jerusalém, que está perto de Belém, para a apresentação ao templo e a purificação da mãe. Trata-se de um ritual importante, para que a mulher, depois do parto, possa retomar sua vida familiar e matrimonial com normalidade. Neste momento, se faz a oferta de purificação. São normas da tradição que são cumpridas há séculos. Podemos ver diretamente no texto bíblico: “Ela ficará ainda trinta e três dias no sangue de sua purificação. Não tocará coisa alguma santa, e não irá ao santuário até que se acabem os dias de sua purificação. Cumpridos esses dias, apresentará ao sacerdote, à entrada da tenda de reunião, um cordeiro de um ano em holocausto, e um pombinho ou uma rola em sacrifícios pelo pecado.” (Lev 12, 4-8). A oferenda da família de José é muito humilde, uma vez que são bem pobres. Não podiam mesmo oferecer o cordeiro, pois são pobres. Então oferecem dois pombos. Mas este é o grande cenário na história para a mensagem dos grandes profetas: Simeão e Ana. A oferta é mais preciosa, pois o menino nascido é primogênito, com saúde e santidade (Lc 1, 35). Cumprem a lei, realizando o ritual da purificação, como forma de mostrar temor a Deus (Lc 2, 22).
DOIS PROFETAS, GRANDES E HUMILDES
Os dois anciãos, quer dizer, os dois sábios reconhecem a presença divina no Menininho. Apesar de sua natureza frágil e mesmo sendo um bebê, reconhecem que é o Messias prometido. A prece de Simeão reflete bem o cumprimento da promessa messiânica. Suas palavras são objetivas e sem confusão. Pegando o menino nos seus braços, dá a resposta aos pais de Jesus. "Simeão tomou-o em seus braços e louvou a Deus: “Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra, porque os meus olhos viram a vossa salvação que preparastes diante de todos os povos, como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel”. (Luc 2, 30 – 32) A admiração de Maria e José cresce ainda mais quando mais uma profetiza, mulher sábia no templo e com jeito de santidade, se aproxima e repete o gesto: “Chegando ela à mesma hora, louvava a Deus e falava de Jesus a todos aqueles que em Jerusalém esperavam a libertação” (Lc 2, 38). A forma como Ana contempla a criança dá a seus pais a certeza que está concretizado o tempo messiânico. Basta esperar o desenrolar dos fatos para explicitar as promessas e sua realização. Maria e José vão participar deste plano de salvação que está projetado na figura do Menino Yeshua: “Ele será motivo para a queda e para o levantamento de muitos em Israel... e que tristeza – uma espada atravessará sua alma, Maria” (Lc 2, 34). Nas celebrações deste período, estes dois personagens são importantes e marcam os fatos messiânicos como a plenitude do tempo. No testemunho de Simeão e Ana, somos convidados a reconhecer que Jesus está presente no mundo e que chegou o tempo de Deus. Somos operários deste plano divino e nossas atitudes devem contribuir para que o Reino de Deus se concretize a cada dia. José e Maria foram os receptores desta verdade e nós somos suas testemunhas.
JOÃO BATISTA, PROFETA PRECURSOR
João, o Batizador, está ligado a Jesus no seu nascimento, uma vez que suas mãos partilham da mesma graça de Deus, que é a gravidez em circunstâncias misteriosas. O primeiro sinal profético de João acontece ainda no ventre de sua mãe, Izabel, reconhecendo a presença de Jesus como Messias. Exatamente por senti-lo como Messias que ele salta de alegria no ventre de sua mãe. (Lc 1, 41). Se não houvesse nada de particular e muito especial, por certo João não teria dado um sinal tão evidente da presença do Filho de Deus no ventre de Maria, por obra do Espírito Santo. O sinal profético da presença do Messias é fortalecido na vida adulta de ambos. De fato, no Advento lemos a preparação do povo, por João Batista, para acolher o Messias, o grande Emanuel. Para tanto, o Natal não é celebrado apenas como o “nascimento do Filho de Deus”, mas a sua missão. Por isso, João se dedica a preparar suas veredas e assim anunciar a chegada do Messias. É o início de sua vida pública. Preparar as veredas é a missão mais sublime de João Batista, quando ele se coloca a serviço do Reino de Deus. Retomando a profecia de Isaías, que é recordada nas leituras do Advento, João torna-se a voz que clama no deserto. De fato, tanto Isaías prenuncia a voz profeta que clama “preparai o caminho do Senhor" (Is 40, 13), quanto Malaquias que fala do profeta que prepara o caminho diante do Senhor que está para chegar. (Mal 3, 1-2). João tem a missão de preparar espiritualmente o povo para que Jesus se aproxime e anuncie o seu Reino. João espera que o povo se arrependa e prepara o caminho do rei (Jo 1, 23). Ele não é o Cristo, pois vem para “converter os corações dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência e formar um povo para o Senhor" (Lc 1, 17). Os passos para a preparação anunciada por João são muito evidentes: Em primeiro lugar, é uma grave advertência para que abandonem os maus caminhos e se arrependam, pois o “machado já está posto na raiz das árvores e toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo" (Mt 3, 10). O apelo de João é objetivo: "arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mt 3, 2). Muitos se converteram. Em segundo lugar, João deixa claro qual o caminho a ser percorrido para acolher o Messias. Quando pergunta o que deveriam fazer, João pede honestidade, não violência e mudança de vida. Este é o caminho da santidade a ser percorrido. Finalmente, João apresenta a mudança definitiva, que é a opção por Jesus Cristo. Aponta Jesus e mostra que Ele é o caminho da salvação. Trata-se agora de confessar a fé no verdadeiro Messias. Ele exclama: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1, 29). Como seguimento, os discípulos reconhecem que Jesus é o Cordeiro pois “dois discípulos, ouvindo-o dizer que Ele era o Messias, seguiram Jesus" (Jo 1, 37). Por esta razão, João é o precursor principal do Messianismo de Jesus. Se seguirmos seus ensinamentos, procuramos a conversão e tornamo-nos seguidores de Jesus, anunciadores de seu Reino.
MESSIAS PARA O MUNDO: A MISSÃO DOS REIS SÁBIOS
O Oriente é, segundo a tradição dos povos antigos, o lugar onde mora Deus. Para o Oriente se convergem as Igrejas e as preces dos fieis. No entando, é do Oriente, quer dizer, da morada de Deus, que chegam os Reis Magos, melhor dizer Reis Sábios. São homens de grande erudição e conhecimento, que buscam a verdade e o sentido da existência humana. Cheios de riquezas, pedras preciosas, camelos valorosos e grande cortejo, procuram o menino simples que nasceu em Belém. Seguiram a estrela, que é a guia dos que não conhecem o caminho. A estrela é luz na escuridão. Chegam à manjedoura e ofertam suas iguarias preciosas (incenso, mirra e ouro), que representam os poderes humanos (político, religioso e econômico). São forças misteriosas para vencer o mal que é Herodes e anunciar ao mundo que chegou a “justiça e a paz” na figura de um Menino, tão simples, numa manjedoura, tendo ao seu lado Maria e José e os animais da estrebaria. São mais que magos (homens que estudam as estrelas) e muito mais que reis (que têm poderes de dominação); são homens que servem o Filho de Deus e o anunciam aos povos. Os homens sábios levam para distante o anúncio que nasceu o Salvador. São profetas universais.
PROFETAS NA HISTÓRIA
Percebendo os profetas messianicos na história da humanidade, percebemos que existe uma ladainha de seus nomes, aclamados por seus povos e por seus adeptos. A idéia de profetas capazes de mudarem o mundo é recorrente, mas sempre termina em grandes decepções. A libertação dos povos persas, com a luta de Zoroastro, a derrota dos hebreus no cativeiro bibilônio e os grupos maniqueístas nos povos do Oriente Médio são exemplos de profetas que se fizeram deuses e perderam o controle da realidade. Em alguns casos, até venceram, mas tornaram-se depois eles mesmos opressores e em outros ciclos da história, tornaram-se novamente vítimas de novos inimigos. Os profetas messiânicos da História Ocidental são vários, indo do Rei Artur, que instituiu um reino nas Ilhas Britânicas, o Rei Sebastião que encheu de esperança os povos lusitanos e mesmo o Rei Felipe II que organizou um “império que não conhecia o por do sol”. Todos propuseram tempos melhores e de certo modo fortaleceram as lutas dos grupos humanos oprimidos, mas quando tomaram o poder se corromperam e perderam o trem da história. A profecia de transformação social que marcou vários movimentos de nossa história tiveram grande importância, pois reinvidicaram direitos de grupos subjugados. Foram importantes, mas também pereceram. A profecia é uma grande força, mas precisa ser universal, histórica e capaz de converter os corações, para além da emoção ou da revolta. A profecia de Jesus, que se torna vital neste período de Natal é fundamental para entender que devemos sempre dispostos a recomeçar. Precisamos ser capazes de ter paciência e sobretudo nunca desistir, pois os protagonistas do Messias de Nazaré participaram com seus dons e foram capazes de tocar os corações para que todos homens se envolvessem no mesmo processo messiânico de Jesus: transformar o mundo em Reino de Deus. Foi por esta razão que Jesus veio ao mundo e continua vivo entre nós.
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